Sempre quando ouço uma mulher reclamando de seu corpo, descontente com seu cabelo ou triste com o aparecimento de suas ruguinhas, eu lembro da técnica japonesa “kintsugi”, que pode ser traduzida como “emenda de ouro”.
Na cultura japonesa, esta é uma técnica usada para reparar peças de cerâmica usando uma laca especial misturada com ouro, prata ou platina. Desta forma, as partes quebradas ganham um novo status de destaque e uma nova beleza: a da imperfeição.
Traçando um paralelo com a vida, como é importante nos aceitar, valorizar quem nós somos e desenvolver a autoestima fazendo “emenda de ouro” em nossas cicatrizes, percebendo nossas decepções sob outro olhar e buscando ressignificar os momentos difíceis.
Na estética japonesa, esse princípio é baseado no “wabi-sabi”, que abrange a percepção do belo a partir de uma visão mais profunda da elegância discreta, da aceitação da transitoriedade da vida.
Mais do que restaurar aquilo que foi quebrado, a técnica “kintsugi” confere um novo significado à peça transformando-a em algo belo ao aceitar (por que não?) suas imperfeições.
Uma característica forte da mulher com falta de autoaceitação é o sentimento de inadequação. Ela sempre sente que o seu jeito de ser não é bom, é errado, incorreto. É preciso entender que autoaceitação é amar-se plenamente, com todas as suas virtudes e falhas. E para que isso aconteça é necessário se perdoar e praticar autocuidado diariamente.
Você sabia que ter compaixão por si mesma também é parte fundamental da autoaceitação. Outro ponto para quem quer desenvolver essa característica fundamental para a autoestima é parar de se comparar com as outras mulheres.
Toda vez que nos comparamos, perdemos um pouco da nossa autenticidade. Cada mulher é única em sua beleza, possui suas qualidades e seus limites. Mas atenção: isso não significa você permanecer na zona de conforto. Buscar a nossa melhor versão faz parte dos movimentos da vida, tudo está em vibração e mudando o tempo todo. Exatamente por isso precisamos nos cuidar melhor, ler mais e nos fortalecer diante dos desafios que são colocados na nossa frente.
Eu preciso lembrar que praticar a autoaceitação contribui positivamente para a autorrealização, seja na vida pessoal ou profissional. É fundamental acreditarmos em nossas próprias capacidades para que possamos conquistar nossos sonhos.
A autoaceitação tem uma relação direta com o autoconhecimento, e a autoestima tem a ver com amor próprio. A partir do momento que nos conhecemos melhor, nos aceitamos e vamos fortalecendo nossa autoestima.
Todos os dias nos aceitando um pouquinho, nos cuidando mais e nos movimentando em busca de mais saúde e paz, vamos nos tornando mulheres mais plenas, saudáveis e felizes!
